A decisão dos trabalhadores da Santa Casa de Misericórdia de Livramento foi tomada durante assembléia da categoria, que aconteceu no início da tarde de ontem 04/07/2009. De acordo com a direção do Sindisaúde - Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Sant'Ana do Livramento, a sugestão de falência, que será apresentada durante a assembléia prevista para acontecer dia 06/07/2009 no Salão Nobre da Prefeitura Municipal, será rechaçada, uma vez que todos se posicionaram contra a hipótese de perder seus empregos e não receber os valores provenientes do FGTS, por exemplo.
Para a diretoria do Sindicato, muitas coisas que foram ditas ao longo dos últimos dias com relação a possibilidade do pedido de falência e algumas das justificativas dadas por determinados setores, não estão condizentes com a realidade dos fatos. Para o presidente do Sindisaúde, José Paulo da Silva, R$ 2 milhões de reais seriam suficientes para dar início ao processo de recuperação da Santa Casa de Misericórdia. "Segundo o diagnóstico apresentado pelos técnicos do Mãe de Deus, a não decretação de falência da Santa Casa de Misericórdia, significa que o hospital deixaria de receber recursos do Estado. Isso não é verdadeiro. A contratualização junto ao SUS é um compromisso firmado e o Estado continuará a pagar. Dinheiro do Estado, a fundo perdido, isso sim é que não vem, é mentira. Até hoje o Estado não colocou nenhum centavo no hospital.
Tanto é que no mês passado o Estado descontou da verba do SUS aquilo que foi antecipado para a Santa Casa de Misericórdia", afirmou o presidente. Para os dirigentes do Sindisaúde, boa parte das informações que estão sendo divulgadas não são verdadeiras. "Temos escutado, inclusive, internamente, de algumas pessoas que estão interessadas que de fato aconteça a decretação de falência, coisas que estão deixando os trabalhadores preocupados", destacou.
Falência - "O calote nos trabalhadores nós não vamos aceitar. Os técnicos do Mãe de Deus percorreram outros hospitais do Rio Grande do Sul e em nenhum deles foi sugerida a possibilidade de falência. Por que apenas em Livramento isso está sendo sugerido?", questiona o vice-presidente do Sindisaúde, Silvio Madruga.
Falência - "O calote nos trabalhadores nós não vamos aceitar. Os técnicos do Mãe de Deus percorreram outros hospitais do Rio Grande do Sul e em nenhum deles foi sugerida a possibilidade de falência. Por que apenas em Livramento isso está sendo sugerido?", questiona o vice-presidente do Sindisaúde, Silvio Madruga.
Os trabalhadores posicionaram-se definitivamente contra a possibilidade de ser decretada a falência e começaram, já nas primeiras horas da tarde de ontem, a buscar contato com parlamentares que compõem a Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Livramento. Segundo a direção do sindicato, todo o quadro de trabalhadores está preocupado com a onda de incertezas que pairam sobre o futuro da Santa Casa de Misericórdia. "Queremos deixar muito claro que, mesmo que os sócios aceitem a sugestão de decretar falência do hospital, nós vamos até as últimas instâncias judiciais para defender os direitos dos trabalhadores desta instituição que presta relevantes serviços para toda a comunidade de Sant'Ana do Livramento", afirmou o presidente.
Vigília - A direção do Sindisaúde decidiu manter um vigília na Praça Oliovaldo Grecellé, em frente à Santa Casa de Misericórdia, tradicional palco das assembléias da categoria ao longo dos anos. O presidente do Sindisaúde, José Paulo da Silva, fez questão de deixar claro que os trabalhadores não estão convocados para nenhum movimento de paralisação. "Apenas a direção do Sindisaúde irá permanecer aqui para informar à comunidade e manter contatos com todas as força que porventura entendam a necessidade de aliar-se a nós em mais um momento difícil da vida deste hospital.
"Queremos desde já convocar os agentes políticos para que nos ajudem na manutenção dos nossos empregos e da garantia dos direitos que foram adquiridos pelos trabalhadores ao longo dos anos de dedicação à Santa Casa de Misericórdia", afirmou. Ainda na tarde de ontem, as faixas que marcam cada período de mobilização dos trabalhadores foram fixadas no local para que a população tome ciência da gravidade dos fatos. A direção do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Sant'Ana do Livramento, ainda não decidiram se irão fazer algum tipo de manifestação.
Decisões nesse sentido deverão ser tomadas nas próximas horas.
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