Na tarde de ontem, quarta-feira, 17, a Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS), em conjunto com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT), esteve na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul (AL/RS) negociando com parlamentares gaúchos sobre o reajuste do piso salarial regional.
O presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski, ao conversar com o deputado estadual Heitor Schuch (PSB) sobre o piso regional, afirmou a necessidade de discutir o PL 262/2009, o qual propõe a antecipação da data base no Estado para o dia 1º de janeiro. O dirigente cutista também debateu com o líder do governo na AL/RS, Adilson Troca (PSDB), sobre a antecipação da data base defendendo uma proposta intermediária, já que os empresários defendem para o dia 1º de fevereiro. "Chegamos em um consenso com as centrais sindicais e base do governo e decidimos que em 2011 a data base será dia 1º de março e, em 2012, 1º de janeiro", afirmou Woyciechowski.
As centrais também apresentaram a proposta de reajuste do piso salarial regional ao Chefe da Casa Civil do Estado do Rio Grande do Sul, Otomar Vivian.
Durante a reunião, Vivian se comprometeu em chamar as federações patronais, um grupo de secretários do governo e uma equipe técnica para dialogar sobre o novo reajuste do piso salarial regional. Eles também irão discutir sobre a possibilidade de ser criada uma política permanente de valorização e negociação do piso. "O governo quer dialogar sobre este tema de forma transparente", afirmou o chefe da Casa Civil.
Woyciechowski considerou a reunião bastante positiva. "Acredito que as centrais estão de parabéns por mais essa etapa estar sendo cumprida da melhor maneira e, o que é mais importante, através da unidade das centrais sindicais."
No documento que foi entregue, as centrais reivindicam:
- Alteração do enquadramento da categoria dos empregadas na indústria da alimentação, da Faixa III para a Faixa IV;
- Alteração do enquadramento da categoria dos empregados na saúde, da Faixa II para a Faixa IV;
- Alteração do enquadramento da categoria dos comerciários, da Faixa III para a Faixa IV;
- Alteração do enquadramento da categoria dos trabalhadores na indústria do calçado e vestuário, da Faixa II para a Faixa III;
- Alteração do enquadramento da categoria dos trabalhadores na indústria extrativa, da Faixa I para a Faixa II;
- Alteração do enquadramento da categoria dos trabalhadores na indústria do ramo mobiliário, da Faixa III para a Faixa IV;
- Alteração do enquadramento da categoria dos trabalhadores da construção civil, da Faixa I para a Faixa IV;
- Alteração do enquadramento da categoria dos trabalhadores em telecomunicação, operadores de telemarketing e teleatendentes, da Faixa II para a Faixa IV;
- Inclusão da categoria dos empregados em hotéis, restaurantes, bares e similares na Faixa III.
- Inclusão da categoria dos vigilantes na Faixa IV;
- Inclusão dos trabalhadores de garagem e estacionamentos, motoristas, cobradores e taxistas, taxi lotação na Faixa IV;
- Inclusão da categoria dos empregados das empresas imobiliárias na Faixa IV.
- Criação da Faixa V “Técnicos de Contabilidade Empregados”, no valor de R$ 800,00 (oitocentos reais);
- Criação da Faixa VI “Contadores Empregados”, no valor de R$ 1.400,00 (hum mil e quatrocentos reais);
- Criação de um fórum permanente de negociação, com iniciativa do Governo do Estado e que contemple a participação das entidades representativas dos trabalhadores (centrais sindicais, federações e sindicatos) para negociação do reajuste do Piso Salarial Regional;
- Acompanhamento da Delegacia Regional do Trabalho na fiscalização da aplicação da Lei do Piso;
- Antecipação do reajuste anual do Piso Salarial Regional para Janeiro, como ocorre com o Salário Mínimo;
- Reajuste de 14% do Piso Salarial Regional;
- Politica de médio prazo de recuperação da proporcionalidade incial com o Salário Mínimo.
O governo federal construiu em 2006, em conjunto com as centrais sindicais, uma política permanente de valorização do salário mínimo. O processo de negociação aberto resultou em significativos ganhos percentuais para o salário mínimo e na criação de uma política permanente de valorização até 2023. Portanto, é urgente estabelecer uma estratégia de recomposição das perdas salariais referentes ao piso salaria regional e retomar a pauta do piso na sua integralidade através da criação do Fórum Permanente do Piso Salarial Regional.
Fonte: CUT-RS
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