A audiência pública entre as centrais sindicais (CUT, CTB, CGTB, UGT, NCST e Força Sindical) coordenada pelo presidente da CUT/RS, Celso Woyciechowski, realizada na manhã de hoje, terça-feira, 16, direcionou os trabalhadores para uma grande mobilização na primeira quinzena de abril. O encontro aconteceu na sala do Fórum Democrático, na Assembléia Legislativa, tendo como pauta principal o reajuste do salário mínimo regional. A proposta das centrais é de trabalhar pela volta ao início do processo, em 2001, quando o piso regional correspondia a 1,28% do salário mínimo e, hoje equivale a apenas R$ 1,00 a mais.
Este encontro que resultou em decisões importantes, como a definição de uma reunião de mobilização entre as centrais, para o dia 18, será estratégico, segundo o presidente da Federação da Saúde, Milton Kempfer, para que os trabalhadores mostrem sua força. No dia anterior, amanhã, 17, as centrais serão recebidas pelo representante da Casa Civil, Otomar Vivian para debater o reajuste do piso regional com o governo estadual.
Milton Kempfer mostrou-se cético em relação a esta reunião, alegando que um governo como o de Yeda Crusius, que utiliza o dinheiro da saúde em aplicações do governo, desprezando totalmente a atual falta de estrutura que vive o setor, não deverá apresentar nenhum tipo de proposta favorável aos trabalhadores. Por isso, sugere ainda, que além da reunião de amanhã, seja produzido um cronograma de atos frente ao Palácio Piratini, como forma de pressão e de visibilidade para o trato do governo com as diferentes categorias do estado.
Ao longo da reunião,o presidente da CUT/RS, destacou também a necessidade de discutir o PL 262/2009 do deputado Heitor Schuch, que propõe a antecipação da data base no Estado para o dia 1º de janeiro, além da necessidade de pressionar os deputados para que levem o projeto para votação no plenário.
Reajuste de 13,03%
Economista e assessor do Dieese, Ricardo Franzoi, conseguiu demonstrar em números, como as entidades chegaram ao reajuste sugerido de 13,03%. Esse valor é a soma do reajuste do salário mínimo em janeiro de 2010 (9,68%), mais o índice de recuperação do valor histórico (16,21%), dividido em cinco (05) parcelas (3,05%).
Franzoi apresentou ainda, uma comparação da evolução do piso gaúcho com outros estados. No Rio de Janeiro, o reajuste foi de 13,5%. No Paraná, foi de 9,5% para a menor faixa e de 21,5% para a maior. E, o Rio Grande do Sul está equiparado ao salário mínimo, o que precisa ser revisto de imediato.
Inara Claro - Mtb - 5490
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