quarta-feira, 21 de abril de 2010

MÉDICO É SUSPEITO DE AGREDIR ENFERMEIRA E PACIENTES EM HOSPITAL

A direção do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, que funciona dentro do Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, vai ouvir a partir de quinta-feira a versão dos funcionários da unidade de saúde sobre a confusão no setor de Emergência na terça à noite.
Um médico plantonista teria agredido pelo menos seis pessoas, entre pacientes, acompanhantes e uma enfermeira. Uma sindicância será instaurada no retorno aos trabalhos administrativos após o feriado de Tiradentes.

Em entrevista à rádio CBN/Diário nesta quarta-feira, o diretor do instituto, Jamil Schneider, explicou que ainda não conversou com o médico Rogério Tomio Tonolli, suposto pivô da confusão.

O profissional foi temporariamente afastado das tarefas na Emergência, durante o período de apuração dos fatos. A reportagem tentou contato com Tonolli que, por meio de sua mulher, informou que preferia não se pronunciar.

— A confusão criada pelo doutor Rogério, pacientes e uma enfermeira traz um transtorno sério para o hospital — entende Schneider, que anunciou a abertura de um inquérito disciplinar para apurar a suposta falha na conduta do médico. Ele acredita que uma situação de "estresse" possa ser a origem do conflito. O diretor chegou à unidade logo após o ocorrido, quando o turno de Tonolli já havia acabado.

Na versão de testemunhas, a confusão começou quando o médico teria se desentendido com um paciente. O fato gerou revolta no acompanhante e em outras pessoas que aguardavam atendimento no local. Segundo Schneider, houve agressão física entre os envolvidos. Tonolli trabalha há quase um ano como médico do corpo efetivo do hospital. Ele havia prestado serviço à Secretaria de Estado de Saúde anteriormente, em caráter temporário.

— Até então não tivemos nenhum problema sério (com o médico), não na gravidade do que ocorreu ontem (quarta) — ressalta Schneider.

Versão Adalberto Samgaletti é uma das pessoas que alegam terem sido agredidas pelo médico. Ele acompanhava uma pessoa com problemas de saúde. Segundo Samgaletti, a troca de agressões começou quando uma enfermeira chamou Tonolli para atender o paciente.

— Cheguei com o pai de uma amiga que precisava de atendimento. O médico saiu da sala e chutou a enfermeira, e como ele não estava de jaleco, perguntei quem ele era. Ele me agrediu e eu me defendi. Rasgou a camisa, e a briga só acabou quando a polícia chegou. Ele estava fora de si, totalmente agressivo, bateu com mão na cabeça de outros pacientes. Foi terrível, nem um veterinário faria isso — contou Samgaletti. 


O caso foi registrado junto à Polícia Civil e será investigado pela Central de Polícia do município. Vítimas e funcionários registraram boletim de ocorrência. O médico assinou termo circunstanciado e acabou liberado.

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