sábado, 26 de junho de 2010

GREVE DOS PERITOS DO INSS

Reflexo da greve iniciada ontem foi o tempo perdido pelos segurados

Os médicos peritos do INSS no Estado começaram ontem greve por tempo indeterminado. O reflexo imediato da paralisação foi no atendimento ao público. Cerca de 50% das consultas e perícias precisaram ser remarcadas, deixando muitos segurados que buscaram o serviço indignados. A paralisação nacional da categoria, que começou na terça-feira passada, é um dos movimentos para pressionar o governo federal e a direção do INSS a contratar mais profissionais e melhorar as condições de trabalho.

A doméstica Edite Belini deixou a agência do INSS, na avenida Bento Gonçalves, em Porto Alegre, preocupada, pois a sua perícia foi remarcada para daqui a um mês.

Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Médicos Peritos e diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Francisco Luciani, aderiram à paralisação cerca de 50% dos profissionais nas agências que realizam as avaliações de concessão de benefícios por incapacidade em Porto Alegre e em Canoas. Ele lembrou que parte dos funcionários não aderiu ao movimento porque está com processo de aposentadoria. Ressaltou, ainda, que o número de médicos peritos tem sido reduzido no último ano no país. Ele citou a agência do INSS da Bento Gonçalves, que, em janeiro de 2009, contava com 38 peritos e agora tem 12 profissionais. "Deveriam ser contratados, no mínimo, 150 profissionais para amenizar a defasagem no Estado", disse. A categoria se reunirá na segunda-feira para avaliar a mobilização.

A Gerência de Porto Alegre do INSS indicou que a paralisação dos médicos, ontem, não provocou problemas no atendimento de perícias.

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