
Uma matéria do JORNAL O GLOBO de 19 de Junho, próximo passado, diz que os hospitais filantrópicos, amargam a maior crise de sua história, 1,3 mil instituições,71% do total tem uma dívida recorde de 5,67 bilhões. Esse valor considerado impagável foi apurado pela Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB), essa crise desativou 2,5 mil leitos. Segundo a CMB metade dos estabelecimentos fica em cidades com menos de 30 mil habitantes e são a única opção de atendimento. Sem caixa os hospitais atrasam os pagamentos e buscam financiamento nos Bancos, só a Caixa emprestou R$ 834,5 milhões em 2009.
O Secretario de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, o gaúcho ALBERTO BELTRAME , atribui a crise a uma série de fatores, sendo que as falhas de gestão desses hospitais é uma das principais, aponta que os reajustes expressivos nos procedimentos não diminuíram os rombos desses hospitais. Segundo Beltrame o Governo Federal aumentou o volume em 6 bilhões e se dobrar os valores pagos atualmente os hospitais vão dizer o mesmo. Beltrame afirma ainda que o governo esta aplicando um novo modelo de remuneração pela população atendida e que 300 hospitais de pequeno porte já aderiram.
Gestão não faz milagre, mas ajuda - sintetiza Beltrame
Nessa jogo de meias verdades, quem continua perdendo são os trabalhadores e a população. A FEESSERS a tempos vem defendendo o fim das Tabelas e das Remunerações, acreditamos que os Hospitais Filantrópicos assim como toda a Saúde Pública deve ser custeada, para isso esses Hospitais precisam ser orçados e receber o valor do custo de sua manutenção. É claro que existe má gestão em muitos hospitais, afinal são empresas dirigidas por seres humanos, mas também todos sabemos que os governos (gestores) usam esses hospitais como uma forma de fugir das responsabilidades e gastar menos recursos com a Saúde. Tanto é verdade que os Governos sabem das dívidas e não cobram, sabem do mau atendimento e não fiscalizam, porque sabem que são os maiores culpados.
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