quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Número de categorias no RS que tiveram reajuste acima da inflação cai no semestre

No primeiro semestre, 84,8% das negociações coletivas de trabalho resultaram em ganho real para os trabalhadores, ou seja, os índices de reajustes foram superiores aos percentuais necessários à reposição de perdas salariais em cada data-base, revelou nesta quinta-feira o Dieese.

O resultado observado é inferior se comparado com mesmo período do ano anterior, em que 87,9% das categorias conseguiram ganho real. Em 15,2% dos casos, o reajuste foi igual ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) calculado pelo IBGE, do período.

Apesar do resultado relativo inferior, o primeiro semestre registrou 100% dos reajustes em percentuais iguais ou superiores ao INPC, mantendo o resultado dos últimos dois anos de ausência de reajustes percentuais menores em relação nível de preços referido. Dessa forma, todos os acordos analisados desde 2008 apresentaram resultados que recuperaram o poder de compra dos salários em sua data-base.

Em 2010, a maior incidência dos aumentos se deu entre 1,01 e 2,0 pp (33,3%), seguido da faixa mais próxima do índice da inflação (27,3%). O setor de serviços gaúcho teve na totalidade dos acordos reajustes superiores ao INPC, assim como no comércio, onde todas as categorias registraram ganhos reais.

Já na indústria, 95,2% das categorias atingiram ganhos, enquanto apenas 4,8% delas firmaram reajustes cujos percentuais repuseram a inflação. No Brasil, aproximadamente 87,9% dos reajustes salariais analisados ficaram acima do INPC. No ano anterior, a proporção foi relativamente menor: cerca de 77%.

Já os reajustes que não repuseram o poder de compra apresentaram retração: caíram de 7,2% em 2009 para 3,1% em 2010.

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