sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ato expõe as carências na Saúde

Trabalhadores da saúde celebraram seu dia na Capital com manifestação pública na Esquina Democrática. O ato - com distribuição de panfletos relacionando as principais carências e reivindicações da categoria - foi realizado após entrega de documento oficializando o manifesto ao governo do Estado, Assembleia Legislativa, Secretaria Estadual da Saúde, Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do RS e Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do RS.

A intenção, segundo o presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Feessers), Milton Kempfer, é marcar o dia 12 de maio com exposição à população sobre a posição da entidade quanto a graves problemas que atingem a saúde pública no Rio Grande do Sul. "União, Estado e municípios não cumprem suas obrigações constitucionais com a saúde. Os recursos, que são insuficientes, geram atrasos em pagamentos a prestadores de serviços e trabalhadores, prejudicando também o atendimento à população." Kempfer acredita que, se os repasses da saúde fossem feitos com volume financeiro e prazos adequados, problemas com emergências lotadas, baixa qualidade na atenção básica e falta de consultas especializadas poderiam ser resolvidos. A Feessers defende a criação de um fundo único para investimentos públicos e privados em saúde. "A saúde pública investe R$ 142 bilhões para atender 160 milhões de pessoas. O setor privado movimenta os mesmos R$ 142 bilhões para atendimento a cerca de 40 milhões de brasileiros. É uma grande desproporção."

Para o presidente da Feessers, um fundo único providenciaria rateio das verbas, equacionando necessidades de cada setor. "Há experiência semelhante no Uruguai. Se bem-sucedida, poderia servir de modelo."

Luiz Dibe - Correio do Povo

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