domingo, 15 de maio de 2011

PORTAL TRANSPARÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL MOSTRA GASTOS EM SAUDE

A previsão de arrecadação em 2011 do governo federal é de R$ 1.971.003.847.829,18 ou seja quase dois trilhões de reais, destes até o momento passados 135 dias do ano, arrecadou R$ 627.276.372.205,75 ou seja 31,82 %. Gastou até o momento em saúde o montante de R$ 4.904.596.211,80 BILHÕES, destes só o GHC (CRISTO, FEMINA E CONCEIÇÃO) levaram R$ 174.086 MILHOES, VIGILANCIA SANITARIA R$ 126.629 MILHÕES, FUNDACAO NACIONAL DE SAÚDE R$ 560.800 MILHÕES, FUNDACAO OSWALDO CRUZ R$ 508.912 MILHÕES, FUNDO NACIONAL DE SAUDE R$ 3.494.250 BILHÕES, OUTROS R$ 39. 915 MILHÕES.

Algumas conclusões baseadas nestes números números oficiais: 


  1. O governo federal aplicou em saúde nesses primeiros meses do ano 0,63 % do que arrecadou, menos de 1%. Portanto saúde não é prioridade.
  2. Três hospitais do Rio Grande do Sul , Fêmina, Hospital Conceição e Cristo redentor,do grupo GHC, sozinhos levaram 3,54% de todo o recurso do Ministeio da Sáude. Isso é muito se levarmos em  conta que só no Rio Grande do Sul temos mais de 300 hospitais, no Brasil passam de 5.000, porém ainda é pouco recurso comparado com o Hospital de Clínicas que é menor.
  3. O GHC tendo tres hospitais 100% SUS e com cerca de 7.5 mil funcionários deverá arrecadar em 2011 cerca de 468 milhões. Agora vejam, enquanto que o Hospital de Clínicas que não atende 100 % SUS, tem cerca de 3,5 mil funcionários deverá arrecadar 430 milhões do MEC, mais 130 milhões do Ministério da Saúde totalizando 560 MILHÕES.


Para ilustrar melhor essa disparidade vamos comparar com SANTA CASA DE SÃO GABRIEL que arrecadou em 2010 cerca de 14 milhões, destes 12 milhões foram do SUS, isso dá uma receita de 1 milhão mensal para 350 funcionários então ela é 4,6 vezes menor que o GHC, só que recebe 30 vezes menos recursos.

Com essa lógica de distribuição de recursos os 70 % de todos os trabalhadores da saúde que atuam em Hospitais Filantópicos, vão continuar recebendo salários baixos, atrasados e apesar de atender a maioria da população estão sempre expostos a crises de custeio e financiamento. Isso torna a vida dos trabalhadores da saúde extremamente desiguais e põe em sério risco a saúde da população.

Imagine se juízes fossem remunerados com semelhante disparidade. Alegariam que seria impossível arbitrar com justiça os conflitos. Como podem os trabalhadores da saúde proverem o adequado atendimento a população com  um tal grau de desigualdade no financiamento? Acesso a saúde e ao judiciário são direitos pelos quais todos nós pagamos antecipadamente.

Milton Francisco Kempfer - Diretor Presidente da FEESSERS

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