segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Feessers e Sindisaúde reivindicam por melhores condições de trabalho na Santa Casa de Rio Grande


Foto: Fábio Dutra
Esteve hoje, 14, em Rio Grande, o presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos da Saúde do RS (Feessers), Milton Kempfer, a fim de mobilizar os trabalhadores da Santa Casa contra atitudes da direção do hospital em relação aos funcionários e ao próprio Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindisaúde) local. As manifestações começaram pela manhã, com panfletagem em frente ao hospital. À tarde dezenas de trabalhadores reuniram-se em assembleia com o sindicato e a federação.

De acordo com Kempfer, está em discussão o cumprimento do piso regional, a mudança da carga horária, que ocorreu no começo da semana, e a segurança dos funcionários. O salário mínimo pago pelo Hospital é de R$ 562, conforme informou o presidente do Sindisaúde em Rio Grande, Rogério Britto. Segundo ele o piso regional, estabelecido por lei, é de R$ 624,05, e sequer o técnico em enfermagem recebe o valor estipulado.

Além da baixa remuneração, Britto alegou que a Santa Casa não cumpre os intervalos intrajornada, não paga corretamente as horas extras no turno da noite e também não paga insalubridade, em grau máximo, nos setores onde se faz necessário. Outra reivindicação do sindicato é de que o Hospital não está mais descontando da folha de pagamento os valores referentes ao cartão Pleno-Card, que dá desconto aos funcionários do hospital em consultas médicas, laboratórios e clínicas.

No decorrer da assembleia, alguns trabalhadores se manifestaram inconformados com a mudança da carga horária, que passou de 12 horas diretas trabalhadas, para 36 horas de folga, para seis horas diárias. Com a alteração surgiram transtornos como problemas de locomoção, pela falta de algumas linhas ônibus, a falta de segurança para quem inicia ou termina o expediente à 1h, e também ficou difícil de conciliar o horário com outras atividades. Segundo Kempfer uma alteração contratual, neste caso, mudança na jornada de trabalho, só poderia ser feita com o consentimento dos funcionários, e não houve essa negociação. O presidente da Feessers disse ainda que a direção da Santa Casa não negocia com o sindicato desde 2003.

Frente ao impasse, o diretor administrativo do hospital, Rodolfo Brito, entrou em contato com o presidente do Sindisaúde e agendou uma reunião para discutir o assunto na segunda-feira, 19, no hospital.

Por Tatiane Fernandes
Jornal Agora
tati@jornalagora.com.br

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