Central tomará as ruas do país no segundo semestre por mais
empregos, salários e direitos, afirma Vagner Freitas
Escrito por: Leonardo Severo, Luiz Carvalho e William
Pedreira
Delegados aprovam Plano de Lutas da Central
O 11º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores
(CONCUT), que reuniu mais de 2.300 delegados e delegadas, além de 140
dirigentes sindicais internacionais de 40 países, encerrou nesta sexta-feira
(13) num clima de congraçamento e combate, aprovando um sólido plano de lutas
para enfrentar os impactos negativos da crise que afunda as economias dos
países capitalistas centrais.
O espírito de mobilização e combate manifestado ao longo dos
cinco dias de debates ganhou corpo no plano, que centra fogo no protagonismo da
classe trabalhadora no campo e na cidade, na defesa do mercado interno, na
geração de emprego, na distribuição de renda, na valorização dos servidores e
dos serviços públicos, pela redução da jornada de trabalho sem redução de
salário, fim do fator previdenciário, contrato coletivo nacional de trabalho da
construção civil, democratização da comunicação, reforma agrária e por mais
recursos para a agricultura familiar.
Nas intervenções das lideranças dos mais diferentes ramos,
uma só determinação: a de afirmar coletivamente, com suas Confederações,
Federações e mais de três mil Sindicatos um projeto nacional de desenvolvimento
que se contraponha à lógica parasitária e excludente do sistema financeiro.
Rosane Bertotti: CUT levará às ruas bandeira pela
democratização da comunicação
Incluída no Plano de Lutas, a agenda de mobilizações
imediatas da CUT para o próximo período, que congrega a Jornada Nacional de
Lutas, terá inicio no dia 18 de julho com a marcha dos/as servidores/as
federais da CUT com apoio e sustentação da Central.Já em agosto, no dia 15, A CUT realizará uma grande Marcha levando às ruas a Plataforma em defesa fim do fator previdenciário, contra desoneração patronal, a rotatividade e precarização, pela ratificação da convenção 158, redução da jornada e outras bandeiras de luta heterogêneas que envolvem todo conjunto da classe trabalhadora.
Congregam também a Jornada de Lutas, a participação da Central na Marcha dos Rurais pela Reforma Agrária contra o latifúndio e o agronegócio marcada para agosto, apoio à Marcha Nacional da Educação, em Brasília, que ocorrerá setembro, e, apoio às campanhas salariais unificadas das diversas categorias do segundo semestre contra o retrocesso, buscando ampliar conquistas.
Vagner conclama militância para as mobilizações do segundo semestre
Como destacou o presidente recém-eleito, o bancário Vagner Freitas, “o Brasil precisa deixar de ser o paraíso dos bancos”, investindo na produção e no fortalecimento do setor público os imensos recursos ainda esterilizados na especulação, dotando o país das condições necessárias a incorporar os milhões de jovens que chegam anualmente ao mercado de trabalho, mas também garantindo apoio e segurança aos idosos.
Para isso, ressaltou Vagner, “a CUT vai aprofundar o diálogo com a sociedade civil, fortalecendo ainda mais a aliança com os movimentos sociais, para impedir o retrocesso defendido pelos tucanos e sua política de desmonte do Estado, de privatizações e terceirizações”.
Ao final, Vagner leu uma mensagem encaminhada pelo ex-presidente Lula que não pode comparecer ao 11º CONCUT por motivos de saúde.
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