Greve cancela 41 cirurgias no Hospital Saúde

Classificado pela administração como “intransigente e irresponsável”, o protesto por melhorias salariais no Hospital Saúde cancelou 41 cirurgias ontem. O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindisaúde), que representa funcionários da enfermagem, copa, cozinha e alimentação, pede 12% de reajuste. O dissídio deveria ter sido negociado até março.

Cerca de 70 manifestantes interromperam o trânsito na Rua 20 de Setembro em frente ao hospital por uma hora, a partir das 11h30. O protesto se repetiu entre as 17h e às 18h30. Danilo Teixeira, presidente do Sindisaúde, expõe que a direção da instituição decidiu não apresentar proposta para os empregados até o fim da negociação com o sindicato patronal.

 

 

Eduardo Guedes, representante do Saúde, reclama que manifestantes não cumpriram a determinação da Justiça do Trabalho de fazer a manifestação somente a 50 metros do hospital. “Estão cobrando situações que eu dependo muito da categoria patronal”, argumenta.

Ele ressalta que funcionários já receberam reposição da inflação, de 6,6%, em março. A última proposta da instituição foi de ganho real de 1,5%. Uma reunião com o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde da Região Nordeste do Rio Grande do Sul, que deveria acontecer sexta, foi antecipada para hoje à tarde. A paralisação que, segundo o sindicato dos trabalhadores, cancelou 41 cirurgias no primeiro dia, deve se repetir hoje.

Além do reajuste de 12%, funcionários pedem revisão da gratificação por setor fechado, para quem trabalha em Unidades de Tratamento Intensivo, por exemplo. O item não tem aumento há 13 anos. Hoje ele representa complemento de R$ 75 mensais, que eles querem subir para R$ 150. Empregados também pedem aumento no vale-alimentação, de R$ 120 para R$ 250, e na insalubridade, de 20% para 40%.

Fonte: Folha de Caxias