No próximo
dia 16 de agosto, às 16h, o SINDISAÚDE de Sant’Anna do Livramento e funcionários
da Santa Casa de Misericórdia com o apoio do Movimento Popular Santanense realizam
uma passeata saindo da Prefeitura em direção ao hospital e à Câmara de
Vereadores.
Na Câmara,
às 18h, será realizada uma Audiência Pública para debater a Portaria 929 que
institui o Incentivo Financeiro 100% SUS aos hospitais filantrópicos.
A
manifestação nas ruas da cidade tem o objetivo de alertar a população sobre os
problemas enfrentados pelos funcionários da instituição como falta de pessoal e
atraso de pagamentos nos baixos salários.
Visita à
Santa Casa
Depois de
reunir-se no gabinete do prefeito Glauber Gularte Lima no dia 31/07, o presidente
da FEESSERS, Milton Kempfer, o secretário geral da entidade, Emerson Pacheco, e
o presidente do SINDISAÚDE de Santana do Livramento, Silvio Madruga, visitaram
algumas alas do hospital acompanhados pelo presidente do COREN-RS, Ricardo
Rivero.
Ao final da visita, Ricardo disse estar assustado com a situação. “O dimensionamento está inadequado à realidade encontrada porque a maioria dos pacientes nos locais por onde passamos são de alta e média complexidade o que põem em risco o paciente e o profissional da enfermagem”, observou.
Num dos locais, a UTI II, a enfermeira relatou que o clima de falta de pessoal está tão grave que há dias atrás uma das técnicas teve uma crise nervosa e pediu demissão. No local, onde o ideal seriam dois pacientes por funcionário, havia cinco técnicos para 10 pacientes. Segundo a enfermeira, um deles foi deslocado do Bloco Cirúrgico e foi suspensa a folga de outro.
Na Ala de Convênios II, foram encontrados dois técnicos e uma enfermeira
atendendo a 22 pacientes e no Pronto Socorro, onde passam uma média de 50
pacientes por dia, três profissionais atendiam onde um deles estava com
respirador.
Milton
Kempfer enfatiza que toda a categoria está em risco no local. Além de receberem
os mais baixos salários do Estado – R$ 720,00 para os técnicos – exemplificou.
“Isto é falta de dignidade. Depois, saem na imprensa notícias de erros nos
procedimentos. É justo que se pense na situação dos pacientes, mas a dos
profissionais é igualmente crítica”, concluiu.
Com 370
funcionários, a Santa Casa tem um déficit mensal de R$ 250 mil, uma dívida de
R$ 25 milhões e um passivo descoberto de R$ 1,7 milhão.
“Não
queremos que a situação de 2010 - quando a Santa Casa ficou cinco meses fechada
- se repita. Tememos por nós e pela população,” observa o presidente do
SINDISAÚDE, que representa os trabalhadores da saúde daquela casa.
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