Uma média de 44.789 trabalhadores americanos morrem a cada ano por não ter seguro médico, revelou um estudo divulgado nesta quinta pela revista American Journal of Public Health em sua edição eletrônica.
É um número superior ao de americanos que morrem como resultado de doenças hepáticas, e as pessoas que carecem de seguro médico têm 40% mais possibilidade de morrer do que os que contam com seguro.
Os resultados do estudo foram divulgados em um momento em que o presidente Barack Obama intensifica sua campanha para a reforma do sistema de saúde dos Estados Unidos. — Não ter seguro está vinculado ao risco de morte e é um risco elevado — assinalou Andrew Wilper, autor do estudo e professor da Escola de Medicina da Universidade de Seattle. A pesquisa utilizou dados relativos a pessoas entre 17 e 64 anos extraídos do Terceiro Relatório Nacional de Saúde e Nutrição, compilado entre 1988 e 1994.
Segundo fontes médicas, os resultados da pesquisa são similares a um estudo realizado em 1993 pelo Instituto de Medicina, que assinalou que o risco de morte é 25% superior para quem não têm seguro. No entanto, de acordo com o site HealthDay News, nem todos estão de acordo com os resultados da pesquisa liderada por Wilper. O Centro Nacional para Análise de Política, que se opõe à reforma do sistema de saúde, afirmou ter encontrada muitos erros.
Lucien Wulsin, diretor do Projeto Seguro aos não Assegurados, assinalou que embora o estudo não examine a causa de morte, parece corroborar algo que se sabia sobre a falta de acesso aos serviços médicos. O estudo também parece validar a pesquisa do Instituto de Medicina, a qual constatou que "não ter seguro médico supõe uma maior probabilidade de morte, porque ninguém recebe atendimento quando não tem seguro (...) até que seja tarde demais".
Por Emerson Pacheco
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