A Ulbra concluiu o balanço realizado desde a posse da nova reitoria em abril de toda a dívida atualizada da instituição: R$ 3,1 bilhões.
A maior parte é em impostos para a União — R$ 2,3 bilhões. Para bancos, são R$ 700 milhões e para fornecedores, cerca de R$ 100 milhões.
Uma consultoria foi contratada para validar esta quantia apurada.
O valor é quatro vezes maior, por exemplo, que orçamento de 2010 de Canoas, município sede da universidade. Graças a um acordo com o governo federal foi possível manter as portas abertas. É que tudo que é arrecadado nos leilões judiciais é repartido entre a União e a Ulbra.
Até agora, foram leiloados R$ 60 milhões em bens. O reitor Marcos Zimmer admite que sem essa quantia seria difícil administrar a instituição. Zimmer ressalta que os leilões contribuíram também para colocar em dia o pagamento dos servidores.
Sobre os hospitais, dois permanecem fechados: Luterano e Independência, em Porto Alegre. A reitoria pretende negociar essas instituições. O Universitário, em Canoas, reabriu e será o único a receber investimentos. Em Tramandaí, o hospital é mantido pela prefeitura.
Em dezembro, a universidade começa a renegociar a dívida que tem com os bancos. Zimmer não arrisca um prazo para tirar a universidade da crise, mas avalia que o pior já passou. A crise financeira da Ulbra começou na gestão de Ruben Becker. Foram contraídos diversos financiamentos para construção dos hospitais. Como não foram pagos, começaram as cobranças judiciais e bloqueios de contas. A bola de neve só reduziu sua velocidade com a queda do então reitor em 17 de abril deste ano.
Mais uma vez a novela se repete, alguém sai de bolso cheio, e adivinhem quem leva o calote?
Por Emerson Pacheco
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