domingo, 17 de outubro de 2010

Mudança de horário de trabalho gera pânico entre trabalhadores do Hospital da Cidade, em Passo Fundo


Há muitos anos o SindiSaúde de Passo Fundo busca um Acordo Coletivo para regulamentar as relações de trabalho entre os sindicatos patronais e o Sindicato dos Trabalhadores. Há cerca de três anos o Ministério Público do Trabalho (MPT) local instaurou um Inquérito Civil Público. O primeiro Hospital a ser atingido pela medida foi o Hospital da Cidade, que recebeu um prazo de 45 dias para assinar um termo de Ajustamento de Conduta (TAC), visando regrar as suas relações trabalhistas quanto ao cumprimento do horário de trabalho dos seus funcionários.

A providência, no entanto, gerou pânico e incerteza na categoria, uma vez que, de acordo com relatos dos funcionários, as escalas de trabalho com turno de oito horas estariam prontas a serem implantadas imediatamente.

A partir dos primeiros contatos com os trabalhadores do hospital, o SindiSaúde decidiu reuní-los em assembléia para ouvir os relatos e tomar providências. No dia 06/10, quarta-feira, à tarde e à noite, mais de 150 funcionários compareceram à sede do Sindicato e expuseram o clima de pavor que passaram a viver.

Com rotinas organizadas há anos, envolvendo outros empregos, o cuidado e a educação dos filhos, seus próprios estudos e afazeres domésticos, a vida dos trabalhadores da instituição pareceu estar repentinamente prestes a desmoronar, diante da imposição de novos horários de trabalho pelas chefias.

Ao final das Assembléias, ficou decidido que a Direção do Sindicato procurasse a Administração do hospital para comunicar que se os horários de trabalho fossem modificados, causando danos às suas vidas, haveria uma reação coletiva, não estando descartada uma grande mobilização, com possíveis atos e paralisações, e que o Sindicato buscaria as medidas judiciais cabíveis.

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