Quem achava-se surpreso e indignado com a criação na capital dos gaúchos da "Secretaria dos Animais" (resta saber se estes são os votantes, os votados ou os de fato), em uma cidade que tem seríssimos problemas sociais e sobretudo na já falida gestão (se é que isto existe) da saúde. A qual animais com encéfalo superior e polegar opositor ditos racionais, tem que se submeter diariamente a condições degradantes, mendigando por uma consulta ou por um simples remédio para a pressão, resurprendeu-se agora, e desta vez com o governo Federal.
Tal fato decorre da injeção de dinheiro público na ordem de mais de R$4.500.000.000,00 (este monte de zeros antes que alguém se atrapalhe significa mais de QUATRO BILHÕES E QUINHENTOS MILHÕES DE REAIS) através do BNDES disponibilizados para a fusão de duas grandes redes de hipermercados. Esta montanha de dinheiro disponibilizado por um banco que tem a função de estimular o empreendedorismo e a livre concorrência, ao invés de criar um oligopólio de uma multinacional francesa, banco este que é financiado com o nosso recurso do Fundo de Amparo do Trabalhador FAT e dinheiro da União com a qual o Banco já acumula uma dívida de R$250.000.000.000,00 (DUZENTOS E CINQUENTA BILHÕES DE REAIS), o mesmo banco que emprestou a fundo perdido (seria melhor dizer que deu) as empresas de EIKE BATISTA o equivalente a R$3.000.000.000,00 (TRÊS BILHÕES DE REAIS).
Enquanto esta quantia que é uma fortuna em qualquer lugar do planeta é dada aos "amigos" da corte a qual se somam as isenções fiscais, a rolagem de dívida dos latifundiários, ao perdão a apropriação indébita de recursos retidos pelo empregador como o INSS, á centralização da não cobrança dos grandes devedores do fisco em Brasília.
Resta a nós que não temos opção de sonegar ou não impostos, de pedirmos dinheiro sem dizer quando e "se" vamos pagar, ficar ouvindo discursos demagógicos dos gestores das três esferas do governo dizendo que investem no social (o valor gasto com o bolsa família em 2010, foi de quase R$600.000.000,00 seiscentos milhões de reais, ou seja, NOVE VEZES MENOS do que será utilizado na fusão do Pão de Acúcar e CARREFOUR).
Mas bueno, na história os fatos são cíclicos, e sobretudo na última década o grupo que tem gerido nossos cofres podem ser denominados como se falava na década de 40 de "PAI DOS POBRES", "MAS ALÉM DISSO, E SOBRETUDO, MÃE DOS RICOS".
Quem insistir em defender o que está posto na República, com certeza está defendendo seu cargo, suas verbas a fundo perdido ou dando atestado a si mesmo de que se contenta com a MISÉRIA, que está sendo dispensada ao andar de baixo.
Por: Emerson Pacheco
Um comentário:
Acabei de ler que maquiável não era maquiavélico. Um biógrafo escreveu que ele foi um bom pai e bom marido.
Apenas estaria amargurado com o esquecimento dos nobres quando escreveu "O Príncipe". Sei que ele viveu momentos difícieis e chegou a ser torturado.
De modo que aos políticos e aos seus eternos companheiros, os corruptos, a vida está sempre a reservar perigos. Melhor quando eles passam apertos e nós seguimos com nossas vidas com certa tranquilidade. Não seria este o verdadeiro retorno do pagamento de impostos? Se assim fosse não estariam livres para a revolução todos os que vivessem as misérias da vida?
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