quarta-feira, 9 de novembro de 2011

MAIS UMA MORTE E SÓ SE FALA DA AUXILIAR DE ENFERMAGEM.

O bebê Kauê Abreu dos Santos, de 13 dias, que morreu na segunda-feira (7) após receber 10 ml de leite via intravenosa, A criança nasceu prematura e estava internada na UTI neonatal do Hospital Municipal Professor Mário Dégni, no Rio Pequeno, na Zona Oeste de São Paulo.

Um escândalo, leite injetado na veia, um erro grosseiro inaceitável. Mas, mais uma vez somente a auxiliar de enfermagem parece que será punida. Os serviços de saúde estão cada vez mais abarrotados de pacientes, cada vez menos funcionários, a jornada cada vez maior. Além disso as rotinas, procedimentos de segurança, cada vez mais são esquecidas em prol da produtividade.

O erro é injustificável, mas precisa ser apurado por completo. Quantos e quem estava trabalhando no horário do erro ? Quem preparava e como era distribuído a medicação ? Quem fazia a checagem ? Quem supervisionava ?

Mais uma vez falamos, não basta punir que faz a ultima tarefa que é ministrar a medicação, se não cuidarmos dos atos preparatórios.

É como se os pilotos de uma companhia aérea recebessem um avião com os equipamentos todos danificados, e as informações de rota e altitude erradas, trabalhassem horas em excesso, certamente a aeronave vai cair ou se chocar e a culpa não poderá ser atribuída aos pilotos.

Estes acidentes graves e lamentáveis, não são obra do acaso, são obra do ambiente constituído.

Hospitais lotados, falta de médicos, falta de supervisão, falta de rotina no preparo e distribuição de medicamentos, funcionários com jornada excessiva.

Se nada for feito para mudar essa realidade, infelizmente só nos resta esperar as próximas ocorrências.

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