terça-feira, 18 de setembro de 2012

PREVENSÃO DA SAUDE SE FAZ COM POLITICA AMBIENTAL


Nossos governantes das três esferas (federal, estadual e municipal) e os parlamentares (políticos em geral), fazem o discurso do aumento de Postos de Saúde, ESF e agora as UPAS, dizendo que são investimentos em prevenção de doenças, até podemos concordar que isso diminui os agravos e evita muitas internações, mas daí dizer que isso é prevenção de doenças é forçar a barra.
As doenças humanas e animais ocorrem em conseqüência da influencia  dos ataques de agentes nocivos no meio ambiente (poluição, contaminação (bactérias e vírus), raios-solares, barulho, excesso de jornada de trabalho, estresse, acidentes, violência, drogas, acumulo de lixo) conseqüentemente a única forma de prevenir doenças é melhorando o meio ambiente diminuindo os fatores de  riscos.
Menos poluição, menos agrotóxicos, menos veículos circulando, menos barulho, redução de jornada, limpeza e proteção dos rios, saneamento básico, isso tudo é possível ?
Sim é possível desde que os governantes possam propor para a sociedade uma nova forma de desenvolvimento, menos consumismo e mais proteção ambiental. Ao invés de reduzir IPI dos automóveis, usar os impostos sobre os automóveis e investir esses recursos em transporte coletivo, ao invés de estimular a alta produtividade das lavouras de soja e milho ás custas de toneladas de agrotóxico, incentivar a agricultura familiar e os produtos orgânicos, ao invés de construir um posto de saúde para cada 2,5 mil habitantes, garantir tratamento dos degetos fecais e lixo, segurança alimentar e de integridade física para todos os cidadãos. Fazer reforma agrária, colocar na grade curricular das escolas disciplinas que contemplem desenvolvimento sustentável com proteção da vida e da  bio-diversidade.
Não queremos dizer com isso que não devemos ter postos de saúde e hospitais,  estes instrumentos de acolhimento aos doentes são imprescindíveis, mas talvez esteja na hora de mudarmos o discurso, se os brasileiros gastam em media R$ 150,00 reais mês com medicamentos algo esta errado, se os moradores das cidades gastam o dobro dos moradores do campo em medicamentos duas razões podem estar ocorrendo, ou a vida na cidade adoece mais, ou a proximidade das farmácias é um atrativo ao consumismo.
Milton Francisco Kempfer – Diretor-Presidente da FEESSERS

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