Cristiane Vianna Amaral - MTE 8685 | Agência de Notícias - 14:19-22/05/2013 - Edição: Marinella Peruzzo - MTE 8764 - Foto: Marcos Eifler
A Comissão de Saúde e Meio Ambiente realizou audiência pública nesta quarta-feira (22) sobre os rumos da administração do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). O debate, realizado do Teatro Dante Barone, foi coordenado pelo presidente da Comissão, deputado Adilson Troca (PSDB).
A audiência pública foi motivada pelas afirmações feitas pelo presidente da Associação dos Servidores do GHC, Arlindo Nelson Ritter, na tribuna popular da Assembleia Legislativa no último dia 2. Ritter reiterou suas denúncias sobre problemas na gestão do Grupo, em especial as nomeações políticas.
Porém, a principal crítica da Associação é a precariedade do serviço prestado pelas empresas terceirizadas. “A falta de qualidade do serviço de higienização tem relação com o aumento das infecções hospitalares”, enfatizou. O vice-presidente da entidade, Valmor Guedes, apontou indícios de superfaturamento nos contratos com as empresas terceirizadas.
O diretor-superintendente do GHC, Carlos Eduardo Neri, rebateu as críticas à terceirização. “Não existe nenhum apontamento dos órgãos de fiscalização.” Informou que existem apenas sete cargos em comissão no Grupo e 260 funções gratificadas, num total de 8.651 servidores. “Todos os salários e contratos estão em nosso Portal da Transparência.”
Superbactéria não é privilégio dos hospitais públicos
Quanto à superbactéria (KPC) encontrada no Hospital Conceição, Neri destacou que ela não é privilégio do Sul do Brasil, nem dos hospitais públicos. “Tivemos uma queda no atendimento da emergência em função do que vem sendo divulgado na imprensa”, lamentou.
Pouco depois, a audiência teve que ser interrompida por dois minutos por causa de insultos trocados entre servidores do GHC.
Manifestaram-se durante a audiência os deputados Pedro Pereira (PSDB), Dr. Basegio (PDT), Gilmar Sossela (PDT), Adão Villaverde (PT), Jeferson Fernandes (PT), Stela Farias (PT), Edegar Pretto (PT), Frederico Antunes (PP) e Nelson Härter (PMDB).
A promotora do Ministério Público Estadual, Marinês Assman, defendeu mais recursos do governo federal para a saúde. Assim, segundo a promotora, não se precisaria recorrer à terceirização. “Não entendo como ainda hoje se trabalha com intermediação de mão-de-obra.” Porém, afirmou que o MPE está atento às “pressões do capital”.
Representando o Ministério Público Federal, a promotora Suzete Bragagnolo afirmou que o órgão já instaurou procedimento administrativo para averiguar a gravidade do caso da superbactéria. “Fui informada de que o hospital poderá contratar servidores para a higienização dos setores mais críticos”, comemorou.
População aterrorizada por falsos números
“É um crime divulgar falsos dados para aterrorizar a população” declarou o presidente do Sindsaúde/RS, Gilmar França. Ele afirmou que os números levantados pela Associação estão errados e que dos 180 leitos da UTI da emergência apenas 30 estão ocupados por esse motivo.
O representante do Conselho Nacional de Saúde, Valério Lopes, acredita que o importante é reforçar a aliança entre os trabalhadores e os usuários. “A quem interessa desmontar o Sistema Único de Saúde e o Conceição?”, questionou.
Manifestações da plateia
Troca definiu que seriam acolhidos quatro depoimentos da plateia. O servidor Gilson dos Santos e o ex-servidor do GHC, Nadir da Rocha, falaram em nome da Associação. Gerson Almeida e Gilberto Barrichello falaram em nome da direção do Grupo.
Também fizeram parte da mesa os deputados Marcos Daneluz, Marisa Formolo,Valdeci Oliveira e Aldacir Oliboni (PT), Cassiá Carpes (PTB), Carlos Gomes (PRB), Edson Brum (PMDB), Elisabete Felice (PSDB) e, ainda, os representantes da OAB/RS, Andrea Pereira, e da Federação dos Empregados de Estabelecimentos de Saúde do RS, Carlos Airton dos Santos.
Também prestigiaram a audiência pública, os vereadores de Porto Alegre Pedro Ruas e Fernanda Melchiona, ambos do PSOL.
Comunicação - AL
A audiência pública foi motivada pelas afirmações feitas pelo presidente da Associação dos Servidores do GHC, Arlindo Nelson Ritter, na tribuna popular da Assembleia Legislativa no último dia 2. Ritter reiterou suas denúncias sobre problemas na gestão do Grupo, em especial as nomeações políticas.
Porém, a principal crítica da Associação é a precariedade do serviço prestado pelas empresas terceirizadas. “A falta de qualidade do serviço de higienização tem relação com o aumento das infecções hospitalares”, enfatizou. O vice-presidente da entidade, Valmor Guedes, apontou indícios de superfaturamento nos contratos com as empresas terceirizadas.
O diretor-superintendente do GHC, Carlos Eduardo Neri, rebateu as críticas à terceirização. “Não existe nenhum apontamento dos órgãos de fiscalização.” Informou que existem apenas sete cargos em comissão no Grupo e 260 funções gratificadas, num total de 8.651 servidores. “Todos os salários e contratos estão em nosso Portal da Transparência.”
Superbactéria não é privilégio dos hospitais públicos
Quanto à superbactéria (KPC) encontrada no Hospital Conceição, Neri destacou que ela não é privilégio do Sul do Brasil, nem dos hospitais públicos. “Tivemos uma queda no atendimento da emergência em função do que vem sendo divulgado na imprensa”, lamentou.
Pouco depois, a audiência teve que ser interrompida por dois minutos por causa de insultos trocados entre servidores do GHC.
Manifestaram-se durante a audiência os deputados Pedro Pereira (PSDB), Dr. Basegio (PDT), Gilmar Sossela (PDT), Adão Villaverde (PT), Jeferson Fernandes (PT), Stela Farias (PT), Edegar Pretto (PT), Frederico Antunes (PP) e Nelson Härter (PMDB).
A promotora do Ministério Público Estadual, Marinês Assman, defendeu mais recursos do governo federal para a saúde. Assim, segundo a promotora, não se precisaria recorrer à terceirização. “Não entendo como ainda hoje se trabalha com intermediação de mão-de-obra.” Porém, afirmou que o MPE está atento às “pressões do capital”.
Representando o Ministério Público Federal, a promotora Suzete Bragagnolo afirmou que o órgão já instaurou procedimento administrativo para averiguar a gravidade do caso da superbactéria. “Fui informada de que o hospital poderá contratar servidores para a higienização dos setores mais críticos”, comemorou.
População aterrorizada por falsos números
“É um crime divulgar falsos dados para aterrorizar a população” declarou o presidente do Sindsaúde/RS, Gilmar França. Ele afirmou que os números levantados pela Associação estão errados e que dos 180 leitos da UTI da emergência apenas 30 estão ocupados por esse motivo.
O representante do Conselho Nacional de Saúde, Valério Lopes, acredita que o importante é reforçar a aliança entre os trabalhadores e os usuários. “A quem interessa desmontar o Sistema Único de Saúde e o Conceição?”, questionou.
Manifestações da plateia
Troca definiu que seriam acolhidos quatro depoimentos da plateia. O servidor Gilson dos Santos e o ex-servidor do GHC, Nadir da Rocha, falaram em nome da Associação. Gerson Almeida e Gilberto Barrichello falaram em nome da direção do Grupo.
Também fizeram parte da mesa os deputados Marcos Daneluz, Marisa Formolo,Valdeci Oliveira e Aldacir Oliboni (PT), Cassiá Carpes (PTB), Carlos Gomes (PRB), Edson Brum (PMDB), Elisabete Felice (PSDB) e, ainda, os representantes da OAB/RS, Andrea Pereira, e da Federação dos Empregados de Estabelecimentos de Saúde do RS, Carlos Airton dos Santos.
Também prestigiaram a audiência pública, os vereadores de Porto Alegre Pedro Ruas e Fernanda Melchiona, ambos do PSOL.
Comunicação - AL
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