segunda-feira, 28 de junho de 2010

Congresso Nacional da CNTSS teve participação de sete trabalhadores da saúde do Estado






O 5º Congresso Nacional da CNTSS/CUT (Confederação Nacional da Seguridade Social), que contou com a participação de 356 delegados de 21 Estados, contou com a presença de sete representantes de sindicatos filiados à FEESSERS. O Congresso, que se realizou de dois e cinco de junho em Guarulhos (SP), elegeu a nova diretoria para o triênio 2010/2013, reconduzindo Maria Aparecida Faria para a presidência da entidade. Terezinha Perissinotto (Sindisaúde Passo Fundo) ficou na coordenação da Secretaria de Assuntos Internacionais.

Como resultado do evento, do qual participaram profissionais do ramo da saúde, públicos e privados (do nível médio e nível superior) que atuam em todas as áreas da saúde, assistência e previdência social, foram criadas duas novas secretarias: do Combate ao Racismo e de Relações do Trabalho. 

O Congresso também definiu a Plenária Estatutária da Confederação e “deu um grande salto de qualidade à CNTSS”, de acordo com Maria Aparecida, formando cinco coordenadorias setoriais federais e estaduais: dos agentes comunitários de saúde, das endemias, da saúde indígena, do setor privado e das categorias. 

O Encontro das Mulheres Trabalhadoras da Seguridade Social, realizado no dia 2 de junho, aprovou a constituição do Coletivo Nacional de Mulheres da CNTSS/CUT e os eixos de ação da Secretaria de Mulheres da

Confederação. Participaram do encontro 79 mulheres e dois homens, representando 30 entidades sindicais, de 16 estados e do Distrito Federal.

Coletivo de Mulheres da CNTSS/CUT

O Encontro indicou a criação do Coletivo Nacional de Mulheres da CNTSS/CUT, que terá o papel de atuar junto à Secretaria das Mulheres, através de Célia Regina Costa- Secretária de Mulheres que irá subsidiar e propor ações para os sindicatos do ramo e articular as questões de gênero com as demais secretarias, coletivos e coordenações dos setores da Confederação.

Para Terezinha Perissinotto, os painéis do Encontro das Mulheres foram importantes por trazer informações determinantes para o gênero: as mulheres representam 51,7% da população ocupada no país, de acordo com pesquisa do IBGE de 2008. Outro estudo apresentado aponta que, entre 20 países pesquisados, o Brasil é o que possui a maior diferença salarial entre homens e mulheres, de 38,5%, seguida apenas pelo México (36,1%). A menor desigualdade é encontrada na Dinamarca (12,1%). Outra pesquisa relata que, do total de mulheres ocupadas, 87,9% cuidam dos afazeres domésticos e dedicam 20,9 horas semanais às tarefas do lar. 

Pedro Salaberry (Sindisaúde São Borja), ressaltou que sobre o assunto “fim do imposto sindical”, discutido no encontro, entende que se o mesmo cair realmente “muitos sindicatos inoperantes irão fechar, dando fim aos oportunistas. Outro tema abordado foi o das 30 horas para os trabalhadores da saúde, onde deixamos claro que somos a favor, sem que haja perda salarial.” Pedro lembrou que nos trabalhos de grupo a comitiva gaúcha ficou com da saúde privada, onde, além das 30 horas foram debatidos melhores condições de trabalho e o fim do assédio moral, entre outros assuntos.

“Um encontro com este vem para nos ajudar a nos manter atualizados e a buscar conhecimentos, aprendizado e troca de experiências Nos foi mostrado que o sindicato não é apenas para defender os direitos das pessoas. É importante também nas políticas públicas, nos mais diversos ramos da sociedade.”, enfatiza Leda Carvalho (Sindisaúde São Gabriel). Ela afirma que do Encontro das Mulheres destacou que buscar a igualdade entre os gêneros ainda é o grande objetivo pois ainda há muita discriminação contra as mulheres no trabalho e na sociedade. “Precisamos buscar nossos direitos com dignidade, principalmente o da mulher negra, porque hoje ainda se avalia a mulher pela aparência,” avaliou.

De acordo com Flávio Madeira (Sindisaúde Livramento), o evento da CNTSS foi muito bom, trazendo um aprendizado significante. “Na votação para a composição da nova diretoria as discussões foram conciliatórias. A nossa participação, enquanto representantes da FEESSERS, foi de igual para igual com os demais colegas de outros estados. Nos debates, cada um deu o seu parecer,” disse o sindicalista. 

Ivete Manini da Silva (Sindisaúde Lajeado) participou pela primeira vez de um congresso de grande porte. Diz que aprendeu bastante com as idéias expostas. Para ela, o mais importante que destacou do evento foi que os trabalhadores devem lutar para ter os mesmos direitos entre o setor público e o privado e para que as mulheres recebam os mesmos ganhos dos seus colegas homens.

Além das palestras que foram muito interessantes, o que mais chamou a atenção de Jucelaine Machado de Almeida (Sindisaúde Alegrete)

foi que, em todos os lugares, de Norte a Sul do país, os problemas são os mesmos. Os descasos com os trabalhadores e trabalhadoras da saúde, principalmente com os da rede privada, as dificuldade nos acordos coletivos, baixos salários, etc. “O que eu mais gostei foram os trabalhos em grupo, pois foi neles que pudemos discutir e colocar as dificuldades de cada região, assim colaborando com a formação de planos e lutas para esse novo mandato da CNTSS,” concluiu. 

Um importante aprendizado. Foi como Eva Ribeiro Soranço (Sindisaúde Passo Fundo) classificou o evento da CNTSS. Para ela, o grupo de trabalho que reuniu os trabalhadores dos hospitais filantrópicos, do qual ela fazia parte com os demais membros da comitiva da FEESSERS, deu importantes contribuições à plenária. “Levamos propostas como a das 30 horas semanais sem redução de salário, piso unificado para todo o país e acesso mais facilitado aos usuários do SUS nos serviços de saúde”. 

Roa Pitsch (MTb-5015)

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