




Uma grande mobilização marcou o dia 25 de fevereiro para os trabalhadores da saúde em Passo Fundo. Numa iniciativa inédita para a cidade, a FEESSERS realizou sua reunião mensal na cidade. A medida, segundo o presidente da entidade, teve o objetivo de apoiar a categoria “em sua luta contra a intransigência dos patrões”.
Ao todo, 14 sindicatos foram representados no encontro, realizado, pela manhã, no Sindicato: Alegrete, Bagé, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Lajeado, Porto Alegre, Rio Grande, Rosário do Sul, Santa Rosa, Santo Ângelo, São Borja, São Gabriel e Uruguaiana.
Manifestação
No início da tarde, todos se dirigiram até o Hospital São Vicente de Paula, onde aguardaram a saída do turno da manhã para realizar uma manifestação, convidando os trabalhadores para acompanhá-los até a sede do Sindicato para participar da Assembléia que iria realizar-se à tarde.
Portando faixas e gritando palavras de ordem, eles aguardaram a chegada do carro de som do Sindicato dos Metalúrgicos que oportunizou o discurso de cada um dos dirigentes e representantes dos sindicatos da base da FEESSERS presentes ao local. Nas manifestações, explicaram à população a situação de penúria vivida pela categoria na cidade, onde a patronal não negocia Acordo Coletivo há oito anos.
Depois de mais de uma hora de manifestação, o grupo, acrescido de funcionários do hospital, saiu em caminhada pelas ruas da cidade atrás do carro de som, interrompendo o tráfego em uma das vias. A caminhada pacífica chegou ao SINDISAÚDE por volta de 14h, quando iniciou a concorrida Assembléia.
Assembléia
As mais de 200 pessoas presentes ao local entusiasmaram os dirigentes sindicais. Milton Kempfer disse que “a casa cheia dá um grande ânimo para os demais sindicatos presentes. A cada ano, as propostas patronais pioram, e só a união da categoria pode levar à conquista das reivindicações.”
O coordenador da Regional Planalto da CUT, Alcedir de Andrade, garantiu que os demais sindicatos ligados à Central na região “estarão juntos com vocês em sua luta. Se lutamos por um tratamento de saúde descente, também temos que lutar pelo salário descente dos trabalhadores da saúde.”
O representante do deputado Marco Maia na região, Neri Gomes, lembrou que “no passado as campanhas salariais de diversas categorias eram unificadas em Passo Fundo e levavam mais de 500 pessoas às assembléias, fortalecendo o movimento sindical. Hoje, a economia do país está crescendo e só quem não está ganhando mais é o trabalhador brasileiro.”
Resultado
Paralisações relâmpago, por setor, nos dois maiores hospitais de Passo Fundo depois de 15 de março. Esta será a medida de protesto pela falta de Acordo Coletivo da Patronal com o SINDISAÚDE em Passo Fundo. Ela foi decidida por unanimidade pelos trabalhadores na Assembléia que discutiu a pauta da Campanha Salarial de 2011.
A categoria também votou pelo reajuste de 15% (5,49% de reposição mais 9,51% de correção de perdas acumuladas nos últimos anos). O índice será aplicado a partir de maio de 2010 e o sindicato ficou autorizado a manter os processos já ajuizados pelos dissídios não negociados anteriormente.
Os trabalhadores também apontaram para um adicional noturno de 50% até o término da jornada. Também votaram por 36 horas semanais, sendo seis horas diárias com uma folga semanal que poderá ser aos sábados, domingos ou durante a semana.
Outro ponto considerado votado com destaque na Assembléia foi o da continuidade de creche até os três anos e de escola infantil até os seis anos para os filhos dos funcionários.
Rosa Pitsch (MTb-5015)
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