sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

EDITORIAL DO JORNAL DE DEZEMBRO

Final de 2011, um ano das gestões dos novos governos no Estado e na União. Nada de novidade, nem aqui, nem lá. A saúde continua não sendo prioridade. Mas, pelo menos, conseguimos, graças ao Movimento SOS Hospitais Filantrópicos, garantir a liberação de um recurso extra do Piratini, o que possibilitou aos nossos colegas que trabalham naquelas instituições receberem o 13º Salário.

Não foi só isso que realizamos. Negociações coletivas, formações, eventos, participação em diversas instâncias. Com muita habilidade e perseverança, conseguimos manter a unidade da maioria dos SINDISAÚDES filiados. Mantivemos uma relação de respeito com todos, reconhecendo as suas potencialidades. Foram momentos de intensos debates, através das instâncias deliberativas e também nos comitês.

Nem todos concordam com a nossa política. Alguns pensam que devemos adotar a política do “vale tudo”, aceitando descaminhos como alternativa. Eles colocam alguns obstáculos para tentar evitar que possamos consolidar estratégias de reconhecimento para nossa categoria. Nós não somos adeptos do pensamento único. Por coerência, não aceitamos a ditadura de uma minoria, pelo menos não em nosso meio.

Sabemos que, na sociedade capitalista, essa lógica é difícil de ser alterada, pois uma minoria que concentra as riquezas se utiliza das estruturas do estado para dominar a esmagadora maioria. Seja pelo medo, pelo domínio da mente, através da propaganda enganosa ou ainda pela força, se preciso for. Tentamos trabalhar com os dirigentes sindicais da saúde novas formas de aproximação com a categoria. Ir além das pautas que dizem respeito às condições de trabalho nas empresas; estar atento ao cotidianos dos trabalhadores e fazer parte das suas vidas, afinal todos convivemos com pessoas em suas diferentes fases e em condições singulares. Jovens entrando no mercado de trabalho, adultos buscando auto-afirmação e outros tantos entrando na fase da pré e pós aposentadoria. Em todas essas etapas, uma coisa em comum: a necessidade de não se sentirem sozinhos, ter alguém em quem confiar e que tenha algo para oferecer, nem que seja apenas para a troca de idéias.

Em nossa visão, os sindicatos tem este grande desafio pela frente: promover negociações coletivas, participar das instâncias colegiadas e ainda encontrar tempo para acolher os trabalhadores , individualmente ou em grupo, fazendo com que nossas entidades se tornem, na prática, a casa dos trabalhadores.

A Direção da FEESSERS acredita que em 2011 cumpriu com esse papel. Foi em busca de todos os dirigentes sindicais da Saúde, mesmo sabendo que nunca teremos a unanimidade, mas, se a grande maioria permanecer unida, vamos alçar mais e melhores conquistas em 2012. Desejamos a todos um Feliz Natal e um ano novo com muitas realizações.

Milton Kempfer

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